Você já se perguntou por que seu vizinho troca a coleira do cachorro o tempo todo? Ou por que sua amiga insiste tanto em usar repelentes em seu cão? A resposta para essas perguntas pode estar relacionada a uma doença canina que, infelizmente, ainda é pouco conhecida por muitos tutores de pets: a leishmaniose canina.
Uma simples picada de mosquito pode mudar completamente a vida do seu fiel companheiro. Assustador, não é? Mas não se preocupe, conhecimento é poder, e é exatamente isso que vamos compartilhar com você hoje. A leishmaniose é séria, mas com as informações certas, podemos proteger nossos amigos de quatro patas e manter essa ameaça bem longe.
O “Agosto verde-claro” é o mês para nos lembrar da importância de ficarmos atentos com a doença. Você não precisa esperar agosto chegar para agir, então é hora de começar a prevenção e saber como cuidar e proteger seu cãozinho.
Curioso para descobrir como identificar os sinais da leishmaniose, quais são as opções de tratamento e, o mais importante, como prevenir essa doença? Continue lendo!
O que é Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença parasitária que afeta tanto humanos quanto animais. Ela é transmitida pela picada de insetos vetores, como o mosquito-palha.
Nos cães, a leishmaniose é uma zoonose de grande preocupação, pois além de comprometer a saúde do animal, pode ser transmitida para humanos. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania, que se multiplicam dentro das células do sistema imunológico do animal, levando a diversas complicações de saúde.
Existem dois tipos principais de leishmaniose: a cutânea e a visceral. Nos cães, a forma visceral é a mais comum e perigosa, afetando órgãos vitais como fígado, baço e medula óssea. A transmissão acontece com a picada do mosquito infectado, que adquire o parasita ao se alimentar de sangue de um animal já contaminado.
Veja como identificar a doença no seu companheiro!
Conheça os sintomas da leishmaniose canina
Identificar a leishmaniose em cães pode ser difícil, especialmente porque muitos animais não apresentam sintomas claros no início da infecção. No entanto, com a progressão da doença, alguns sinais se tornam evidentes e exigem atenção:
- Apatia: o cão pode demonstrar desânimo e fraqueza, perdendo o interesse em atividades diárias;
- Perda de apetite: a falta de interesse por alimentos é comum e pode levar ao emagrecimento progressivo;
- Lesões na pele: feridas que demoram a cicatrizar, principalmente nas orelhas e no focinho, são um indicativo;
- Crescimento excessivo das unhas: as unhas podem se tornar anormalmente longas e espessas;
- Problemas oculares: o animal pode apresentar secreções persistentes e incômodo nos olhos;
- Diarreia com sangue: pode ocorrer em casos mais avançados, indicando problemas no trato digestivo.
Estes sintomas, embora variáveis, são sinais de que algo está errado e que uma avaliação veterinária é necessária. Quanto antes os sinais forem vistos, melhor para o tratamento do animal!
Leishmaniose tem tratamento?
Sim. A leishmaniose canina tem tratamento. Mas, é importante destacar que a doença não tem cura definitiva. Os sintomas serão controlados e a carga parasitária no organismo do cão reduzida, o que leva à melhora da qualidade de vida e redução dos riscos de transmissão.
Para isso, é necessário fazer uso de medicamentos específicos, como a miltefosina, que ajuda a reduzir a quantidade de parasitas no corpo do animal. Esse processo que requer acompanhamento veterinário constante e pode durar toda a vida do cão.
Além dos medicamentos, é necessário adotar medidas preventivas para evitar novas infecções e a transmissão da doença.
Passo a passo do tratamento da leishmaniose canina:
- Diagnóstico precoce: realizar exames para confirmar a presença da doença;
- Início do tratamento medicamentoso: administrar a medicação prescrita pelo veterinário para reduzir a carga parasitária;
- Acompanhamento regular: levar o cão para consultas frequentes e realizar exames de controle;
- Prevenção de reinfecção: uso de coleiras repelentes e manutenção de um ambiente limpo para evitar a picada de mosquitos;
- Cuidados adicionais: monitorar a saúde do cão e tratar sintomas secundários, como problemas de pele ou anemia.
Humanos podem pegar leishmaniose?
Sim, como adiantamos, humanos podem contrair leishmaniose, principalmente a forma visceral. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito-palha que infecta os cães, tornando-se uma preocupação de saúde pública em regiões onde a doença é endêmica.
É muito importante lembrar que a transmissão para humanos não acontece pelo contato direto com cães doentes. Já os sintomas são similares, como lesões cutâneas e problemas graves em órgãos internos.
Igual ao que acontece com os caninos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações sérias e, em alguns casos, até a morte. Por isso, é fundamental adotar medidas de prevenção e controlar a disseminação da doença, tanto em animais quanto em humanos.
Agosto verde-claro: Proteja seu cão contra a leishmaniose
Agosto verde-claro é mais do que uma simples campanha; é um movimento essencial para a saúde dos pets. A leishmaniose canina, uma das doenças parasitárias mais preocupantes no Brasil, pode ser evitada com medidas preventivas simples e eficazes. Este mês é o momento ideal para conscientizar e educar tutores sobre a importância dessas ações. Cuidar da saúde do seu cão é um ato de amor e responsabilidade.
A prevenção da leishmaniose começa com a proteção contra o mosquito-palha, vetor da doença. Para isso, você pode adicionar algumas ações no seu dia a dia:
- Uso de coleiras antiparasitárias;
- Instalação de telas de proteção nas janelas;
- Manter a higiene regular dos ambientes;
- Vacinação específica contra a leishmaniose.
Cada medida adotada é um passo a mais na garantia de uma vida longa e saudável para o seu pet.
Agosto verde-claro serve como um lembrete para todos os tutores de que a prevenção é a melhor forma de combater a leishmaniose. A saúde do seu cão depende das escolhas que são feitas agora.
Apesar de existir tratamento, ninguém gosta de ver o seu grande amigo e companheiro passando dor ou desconforto, certo? Por isso, a prevenção é sempre o melhor caminho. Sem falar no gasto financeiro que um tratamento completo pode representar.
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